Artista transforma relatos de sobreviventes do Holocausto em romance gráfico


Para marcar o 75° aniversário do Museu Estatal de Majdanek, na Polônia – onde funcionou o campo de concentração de mesmo nome, – foi lançado o romance gráfico “Chleb wolnosciowy” (“Pão da Liberdade”), baseado em depoimentos de 11 sobreviventes do Holocausto. Estima que, no local, 80 mil pessoas, a maioria judeus, morreram. A frase usada como título da obra era dita pelos prisioneiros para se referirem ao pão cozido do lado de fora, o que evocava seu anseio pelo lar.

“O livro apresenta as condições bestiais nas quais os cativos eram mantidos, mas também mostra que, mesmo diante da fome, eles conseguiam demonstrar empatia, cooperação e compaixão”, explica Agnieszka Kowalczyk-Nowak, assessora de imprensa do museu. Por sua vez, a estudante Paulina Szyszko, de 18 anos, reforça a importância da obra: “As pessoas precisavam ser tocadas por meio de imagens. O texto pode não ser interessante para a próxima geração”.