Criadores judeus do Superman entram no “Hall da Fama Judaico-Americano”

Jerry Siegel e Joe Shuster, judeus que criaram o Superman, foram incluidos postumamente no “Hall da Fama Judaico-Americano”. Eles levaram seis anos para encontrar uma editora e venderam sua ideia para a DC Comics por apenas US$ 130. Sua história se tornou tão popular que, em 1939, Superman se tornou o primeiro super-herói a ter sua própria história em quadrinhos.

A origem judaica do Superman
O Superman foi criado por dois jovens judeus nos Estados Unidos, filhos de judeus imigrantes e amigos de escola na cidade de Cleveland no estado de Ohio. Jerry Siegel nasceu e cresceu em Cleveland, já Joe Shuster nasceu em Toronto – Canadá e mudou se com a família para Cleveland com ainda tinha seus 9 anos.

Jerry Siegel cresceu em uma vizinhança predominantemente judaica com dezenas de sinagogas ortodoxas. Segundo suas memórias, um dos motivos que o levaram a criar o Superman estava exatamente no antissemitismo que ele e todos em sua vizinhança sofriam. E por viver em um ambiente judaico que é rico em histórias e contos, a figura heroica e poderosa de Shimshon (Sansão) se tornou a base da criação do personagem. Superman e as conexões com a Torah.

Na imensidão do espaço, havia um o longínquo planeta Kripton, esse planeta estava preste a explodir. O cientista Jor-El e sua esposa Lara não tinham outra escolha. Para salvar seu único bebê chamado Kal-El, tiveram que enviá-lo para o espaço em uma pequena nave. E essa nave veio parar aqui para a Terra.

O bebê Kal-El foi adotado pelo casal de fazendeiros Jonathan e Martha Kent que o nomearam Clark Kent. Ao crescer, foi para a cidade de Metropole trabalhar como jornalista no jornal Planeta Diário. Nessa profissão, Clark Kent, poderia estar sempre ausente da redação do jornal e assim, poderia atuar como o Superman sem ter que dar muitas explicações.

Podemos encontrar ecos bíblicos na origem do Superman em Moshé (Moisés), que foi colocado em uma cesta caso contrário iria morrer devido ao decreto do Faraó. Ambos os bebês foram criados em uma cultura estrangeira. Moshé foi criado pela filha do Faraó e Moisés por fazendeiros terráqueos.

O nome kriptoniano do Superman, Kal-El em hebraico (קל-אל) literalmente significa “Voz de Deus”. Assim como o nome de seu pai Jor-El (Yor-El) é um nome hebraico comum. Suas variações são: Jorell, Jarel, Jerel, Jorrel, Joel, Joren, Jorey e Sorel. O sufixo – El é uma das primeiras palavras em hebraico para se referir a Deus. Vemos esse sufixo em muitos nomes de origem hebraico que aparecem na bíblia como: Daniel, Samuel, Gabriel etc.

É muito fácil também fazer um paralelo entre o Superman e os melachim (anjos). O Superman fica sobrevoando a cidade a protegendo. Outra semelhança bíblica está no fato de que assim como Shimshon (Sansão), o Superman também tem um ponto fraco. Shimshon por ser um nazireu, não podia cortar os cabelos, o Superman é torna-se fraco com a kriptonita.

Outra influência judaica é a questão da identidade secreta. Nos Estados Unidos, eram muito comuns os imigrantes – não só judeus – que mudavam seus nomes e sobrenomes para não sofrerem preconceitos. Alguns exemplos: Nomes como Neumann e Weiss foram mudados para as formas inglesas Newman e White. Logo, Kal-El usava o nome de Clark Kent para poder trabalhar no “Planeta Diário”. O mesmo ocorria na forma de se vestir. Para poder entrar no mercado de trabalho nas grandes metrópoles, judeus usavam roupas mais americanizadas. E somente em seus meios é que se vestiam como judeus. Já o Superman usava roupas comuns quando ia trabalhar no jornal. Mas quando tem que salvar o mundo, Superman / Kal-El usa seu traje azul e capa vermelha kriptoniana.

Há alguns afirmem que o seu famoso símbolo com a letra S seria na verdade a letra ש (Shin) mas não há evidencias que confirmem que esse paralelo exista. O mais provável mesmo é que o S foi usado no símbolo do Superman pelo fato de que seu nome comece com a letra S. Faz parte da cultura americana usar uniformes com a primeira letra inicial da instituição, vemos esse padrão por exemplo, em uniformes de agremiações esportivas de escolas e universidades.

Por fim, os próprios valores bíblicos são defendidos pelo Superman. Um homem honesto, valoroso, humilde, trabalhador e mesmo com muitos poderes, usa seu livre-arbítrio para fazer boas e sábias escolhas.

Por fim, os super-heróis foram mais uma das grandes contribuições dos judeus a humanidade. Com o sucesso desses novos personagens, uma mitologia foi criada e por todo o mundo, crianças recebem através de desenhos animados, suas primeiras lições de moral. Quem nunca viu um desenho onde o herói diz a célebre frase: “O crime não compensa”.

Fonte: Guisheft News via ASDR