Empresa israelense quer comercializar gafanhoto como alimento sustentável

A empresa israelense Hargol (gafanhoto em hebraico) pretende comercializar gafanhotos em larga escala e transformá-los em alimentos sustentáveis.
Preocupado com o impacto do gado no meio ambiente, Dror Tamir criou a empresa há seis anos e meio e gostaria que fosse “a primeira do mundo a produzir gafanhotos em escala comercial para fornecer uma fonte de proteína mais saudável e sustentável”.
Ciente de que esses insetos podem ser repulsivos, a Hargol transforma o animal em pó para fazer barras energéticas, jujubas, fallafel (bolinhos de grão de bico) e biscoitos.
“Com uma população global que pode chegar a 10 bilhões em 2050, alimentar o planeta se tornará um desafio”, diz Ram Reifen, professor de nutrição da Universidade Hebraica de Jerusalém. Antes de serem processados, assados ou fritos, os gafanhotos contêm mais de 70% de proteínas, além de aminoácidos e outros importantes nutrientes. “Eles têm tudo de bom, sem o mal”, como gordura saturada e colesterol, acrescenta ele, e, portanto, poderiam substituir outras fontes de proteína, como a carne bovina. Cerca de 2,5 bilhões de pessoas consomem insetos regularmente, principalmente gafanhotos.