Instituto Weizmann: bactérias intestinais podem alterar o curso da Esclerose Lateral Amiotrófica

A Esclerose Lateral Amiotrófica afeta progressivamente os neurônios que governam os movimentos e, como o cérebro não é afetado, o paciente mantém a consciência de que pode mover cada vez menos partes do corpo. Desde que foi diagnosticado pela primeira vez no final do século XIX, a causa da ELA ainda é desconhecida, o que torna difícil encontrar tratamentos. Porém, pesquisadores do Instituto Weizmann de Ciências, de Israel, demostraram, em camundongos, que os micróbios intestinais podem alterar o curso da Esclerose Lateral Amiotrófica.

O trabalho, publicado na revista Nature, evidenciou que o avanço da doença ficava mais lento quando o animal recebia determinadas cepas de micróbios ou substâncias que são produzidas por eles. Resultados preliminares sugerem que o conhecimento poderia ser aplicado em pacientes. “Nosso objetivo científico e médico a longo prazo é elucidar o impacto do microbioma na saúde e na doença, sendo o cérebro uma nova fronteira fascinante”, afirmou o prof. Eran Elinav do Departamento de Imunologia, que realizou o estudo junto com a equipe do prof. Eran Segal, do Departamento de Ciências da Computação e Matemáticas aplicadas.