“Minha Lua de Mel Polonesa” acompanha casal diante das memórias do Holocausto

Marcando a estreia da atriz francesa Élise Otzenberger na direção, o filme “Minha Lua de Mel Polonesa”. Descendente de família judia, ela escreveu o roteiro (com Mathias Gavarry), inspirada em uma viagem que realizou com o marido em 2009 à Polônia. Élise apresenta uma comédia dramática sobre a busca de origens, além de reverberar as memórias causadas pelo Holocausto da Segunda Guerra Mundial.

Sinopse: recém-casados e de origem judia, o casal deixa seu bebê com os pais de Anna e partem para a Polônia. Adam havia sido convidado para participar da cerimônia em memória da cidade de seu avô, que foi destruída em consequência da perseguição aos judeus pelos nazistas. Unindo o útil ao agradável, os dois encaram a viagem também como uma oportunidade de terem sua lua de mel.

Foi semelhante ao que aconteceu com Élise em 2009: ela também foi à Polônia com o marido, com quem havia se casado há pouco tempo, para participar de uma cerimônia, logo após ter dado à luz um bebê. E, assim como Anna, a diretora sentiu a necessidade de descobrir mais sobre as origens de sua família, sem saber exatamente por onde começar.

Anna é puro entusiasmo na Polônia. Passa a se sentir polonesa (mesmo sem saber dizer uma palavra do idioma) e fica obcecada em descobrir mais sobre a vida de sua avó. Ela quer desesperadamente se reconectar com suas raízes. Em uma boa parte do filme, Anna age de maneira histérica e ansiosa. Por outro lado, Adam tem uma personalidade mais morna, inicialmente em negação com suas origens judaicas. É um personagem um tanto apático.

Apesar do tema denso, em dois terços de sua narrativa, “Minha Lua de Mel Polonesa” é uma comédia de um casal cometendo trapalhadas em um país estrangeiro. Dificuldades com a comunicação, frustrações com os pratos da gastronomia local, discussões de relacionamento, enfim, elementos humorísticos que poderiam integrar a trama de qualquer comédia.