Museu da Imagem e do Som de São Paulo debate filme “Negação”

Baseado em fatos reais, o filme “Negação” apresenta o embate jurídico entre Deborah Lipstadt, uma historiadora judia que escreve sobre os horrores nazistas e o Holocausto, e David Irving, um estudioso que afirma que Hitler nunca ordenou o massacre aos judeus e que o Holocausto é uma invenção judaica. “Em tempos de frequentes negações da verdade dos fatos, o filme traça um panorama do risco de contestar a História e até que ponto a liberdade de expressão pode afetar o trauma e a dor de milhares de pessoas que têm seus traumas e dores subjugados”, afirma Luciana Saddi, diretora de Cultura e Comunidade da SBP-SP.

No bate-papo ao vivo (assista clicando aqui), ela conversa sobre o filme com a jornalista Sylvia Colombo e a psicanalista Selma Fernandes Jorge. Em seguida, os internautas participam com perguntas, integrando novas perspectivas sobre a obra discutida.

Para a pedagoga Sarita Mucinic Sarue, monitora do Memorial da Imigração Judaica e do Holocausto, a educação é a principal ferramenta para combater o negacionismo. Ela contou que, ao perguntar a pessoas na rua o que era o judaísmo e os judeus, as respostas remetiam à Idade Média. Uma pesquisa feita no final do ano passado apontou que 22% dos entrevistados brasileiros nunca ouviram falar no Holocausto e 15% acham que o número de mortos no Holocausto é exagerado.

No Memorial, Sarue afirmou testemunhar diariamente a transformação de jovens que vêm com ideias preconceituosas absorvidas do inconsciente coletivo em pessoas que saem dali diferentes, impactadas.


Proteja sua família!
Conheça o NetVida, parceiro do ALEF News: acesse.