Nave israelense pode ter espalhado milhões de animais microscópicos pela Lua

A nave israelense Beresheet, que caiu ao tentar aterrissar na Lua em abril, pode ter espalhado na superfície lunar milhares de tardígrados, animais microscópicos muito resistentes e capazes de sobreviver em condições extremas. De acordo com Nova Spivack, eles “poderiam hipoteticamente ser revividos no futuro”. Spivack é o fundador da Arch Mission Foundation, um projeto que tenta arquivar conhecimento e espécies da Terra e preservá-los para futuras gerações e que foi o encarregado de fazer a “biblioteca lunar” que foi incorporada à sonda.

Estes microorganismos podem resistir a temperaturas de até 200 e 150 graus centígrados e viver até dez anos sem água, por isso aguentam inclusive a exposição espacial. Em 2007, foram colocados tardígrados na sonda espacial Foton M3 da Rússia e da ESA e foi comprovado que sobreviveram às condições do espaço exterior.

Orli Madmon, porta-voz de SpaceIl, a empresa que enviou à Lua a sonda Beresheet, afirmou que não pode confirmar e nem desmentir a presença dos animais.