Rachel Bassan lança livro sobre a saga de uma família judia na Revolução Russa

O  primeiro romance histórico de Rachel Bassan, “Bela de Odessa”, demorou três anos e seis meses para finalizar e aborda a saga de uma família judia na Revolução Russa. Ela conta: “Caminhei por todos os cantos da Revolução para fechar a história de Bela, a protagonista do romance. A história dos judeus neste período é pouco descrita na literatura, e é imperativo preservar essa memória”.

Rabino Nilton Bonder, autor de “Alma Imoral”
Bela de Odessa é um romance histórico legítimo, com ritmo, com narrativa engajante, com uma reconstituição histórica impecável. Tocante em particular para aqueles que reconhecerão silhuetas, tons e fragrâncias de histórias familiares. Num mundo de imigrantes e instabilidades, um importante retrato de desencontros,  que se multiplicam quando o mundo se torna irracional e imprevisível. 

Sandra Magaldi, escritora
Bela de Odessa conta uma história que perpassa décadas. Emociona por ser particular e universal a um só tempo. Toda leitora entenderá Bela; todo leitor terá um pouco de Mischka. Todos vivemos dentro de uma História que modifica a nossa inserção no mundo. A paixão talvez seja a personagem mais atuante na incrível saga das famílias de Bela Sadowik e Mischka Sumbulovich. Manifesta-se ora como fervor por um ideal político, ora como amor intenso entre dois jovens que pareciam feitos um para o outro e se procuram e se perdem. Ou, ainda, está presente na obsessão com que os personagens lutam, seja por justiça, seja pela sobrevivência e o direito à felicidade. Essas manifestações desembocam na explosão definitiva que é a paixão pela vida. Ela inspira escolhas que condicionam destinos em meio ao caos da Revolução Russa. E se fortalece no tempo, por gerações, vindo nos surpreender com um desfecho absolutamente inesperado nos dias atuais.

Mateus Kacowicz, escritor
Bela de Odessa conta uma saga dentro de uma saga, e estas como parte da grande saga dos judeus iniciada há milênios. Matrioshka histórico-literária que muda de face a cada instante, que substitui os mais íntimos e prosaicos sonhos juvenis pelo movimento de forças que superam a capacidade humana de contrapô-las.
Bela conta a adolescência de sonho, atropelada pela brutal violência dos fanatismos religiosos, ideológicos (serão diferentes?). Bela fala de amor e mudança. Bela evoca, através de um de seus ricos personagens, o duro teste de realidade que vai erodindo as certezas imutáveis. Bela, enfim, conta como o vento da História espalha e reúne a poeira humana ao longo das gerações. Uma leitura fascinante.

Luize Valente,  autora de “Uma Praça em Antuérpia”
Bela de Odessa é daquelas sagas que instigam ao mesmo tempo em que emocionam do começo ao fim. Uma trama envolvente, que cruza continentes e décadas, tendo como pano de fundo uma pesquisa histórica que nos transporta no tempo e no espaço. Torcemos pelos personagens, estejam eles em Odessa, São Petersburgo, Moscou, Istambul, Rio de Janeiro ou Nova York!”

Sobre a autora
Rachel Bassan nasceu no Rio de Janeiro, em 1952, neta de imigrantes judeus russos. É formada em Letras pela PUC-Rio e, por muitos anos, dedicou-se ao ensino da língua inglesa. Estreou na literatura em 2003, na coletânea Crônicas de Oficina, em três volumes, organizada por Carlos Eduardo Novaes. Em 2012, lançou Nada é por Acaso – Crônicas da Vida, pela Editora Torre. A curiosidade por suas raízes judaicas e o fascínio por História e viagens levaram Rachel à Rússia, à Ucrânia e à Turquia. Desta vasta pesquisa de campo, embasada em muitas leituras e entrevistas, nasceu, em 2019, seu primeiro romance, Bela de Odessa, uma saga ambientada na Revolução Russa.