Relatório constata aumento do antissemitismo durante a pandemia

O Kantor Center da Universidade de Tel Aviv, em cooperação com o Congresso Judaico Europeu, publicou o relatório do antissemitismo em 2020 segundo o qual a pandemia estimulou mais casos de danos a sinagogas e a cemitérios, além de agravar o antissemitismo online.

O número de incidentes antissemitas violentos no mundo caiu de 456, em 2019, para 371, em 2020. Por outro lado, houve um salto de mais de 20% no número de profanações de sinagogas, cemitérios e destruição de memoriais do Holocausto, locais que foram fechados ou desprotegidos devido a lockdowns e se tornaram presas fáceis para o bullying antissemita.

Durante o ano, novos fenômenos se desenvolveram na rede, como o “zoom bombing” e a “dark network”. O bombardeio de zoom é um apelido para o fenômeno do uso do zoom para fins de bullying em um evento virtual realizado por sinagogas, comunidades e estudantes judeus, para evitar sua continuação, aproveitar o palco e apresentar suásticas, suas próprias apresentações, discursos de seus representantes e muito mais. Fenômeno semelhante ocorreu na “dark web”, na qual grupos extremistas passaram a se expressar nesta plataforma, que não tem supervisão ou restrições, ao contrário das redes sociais vigentes.

Nos Estados Unidos e na Alemanha houve um aumento em todos os casos. Em ambos os países, os casos de vandalismo constituem a maioria. Houve queda significativa na Austrália, Inglaterra e na França, onde houve uma queda de 50% nos casos de todos os tipos, devido ao lockdown, assim como no Canadá, onde o número de casos violentos caiu para menos da metade.

A editora da pesquisa e chefe do Kantor Center da Universidade de Tel Aviv, Prof. Dina Porat, explicou: “Culpar judeus e israelenses pela criação e disseminação do vírus corona, ‘judeovirus’, foi o motivo central nas expressões antissemitas, e decorre de um profundo medo da figura judaica/israelense como uma propagação de doenças do passado e do presente”.

Fonte: Algemeiner