Testemunhos sobre o Holocausto serão preservados na Blockchain

Para garantir que o Holocausto seja sempre lembrado, um projeto decidiu registrar os testemunhos de sobreviventes na blockchain, aproveitando da imutabilidade dessa nova tecnologia.

De acordo com o The Jurusalem Post, o projeto está sendo liderado por Jonathan Dotan, um produtor e escritor conhecido no Vale do Silício. A ideia é usar a tecnologia de ledger distribuído e blockchain para efetivamente armazenar, distribuir e verificar os testemunhos de sobreviventes do holocausto de forma automatizada.

Para Dotan há uma grande necessidade de preservar os testemunhos, sendo uma importante ferramenta de conhecimento e também contra o negacionismo desse período.

“Graças a disposição de alguns dos últimos sobreviventes de dividir suas histórias nós ganhamos um grande presente: A chance de trazer a guerra de volta ao foco ao vê-la através de suas experiências. Memórias históricas de atrocidades como o genocídio são importantes de serem preservadas para não repetirmos os mesmos erros.”, disse Dotan.

Para o desenvolvedor do projeto, essa digitalização na blockchain vai servir como uma fonte educacional para a eternidade. Para ajudar nessa importante missão, Dotan escolheu as blockchains da Hedera Hashgraph e Filecoin, através da Starling Network. A iniciativa tem apoio também da USC Shoah Foundation, que foi fundada por Steven Spielberg e criptógrafos de Stanford.

A Starling Network oferece toda a tecnologia necessária para o armazenamento, distribuição e verificação de testemunhos graças a segurança e transparência da blockchain. Mas ainda mais importante: Com a blockchain não haverá nenhuma entidade (governamental ou não) capaz de alterar o que for armazenado na cadeia de blocos.

Apesar de ter sido um dos momentos mais marcantes e tristes da história, muitos fatos sobre a Segunda Guerra Mundial já foram esquecidos e em alguns momentos são até mesmo negados como sendo algo real.

Para se ter uma ideia, de acordo com o Jerusalem Post, uma pesquisa realizada em 2020 concluiu que 1 em cada 10 adultos com menos de 40 anos nem sequer ouviram a palavra “Holocausto” na vida.

A pesquisa também apontou que entre os millennials e a geração Z há muita incerteza sobre o genocídio e os fatos por trás dos eventos. Cerca de 20% desse grupo etário em Nova Iorque acreditavam que os judeus causaram o Holocausto.

Fonte: Matheus Henrique
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