A banda Shalva, formada por oito jovens israelenses, sendo três ortodoxos, e que era favorita em todas as sondagens para representar o país em maio, no “Festival Eurovisão de Música”, abandonou o concurso, depois de se ter recusado a atuar no Shabat.
Os músicos e a ministra da Cultura de Israel, Miri Reguev, tentaram convencer a União Europeia de Radiodifusão a abrir uma exceção com a banda Shalva, para que não atuasse na sexta-feira à noite, mas não obtiveram êxito.
A banda Shalva foi criada por uma fundação para crianças com necessidades especiais e vários dos seus elementos têm síndrome de Down e de Williams, cegueira ou incapacidade parcial permanente, e os seus vocalistas, Dina e Anael, são cegos. No ano passado, a música “Toy”, interpretada pela israelense Netta Barziliali, foi a vencedora.
A Europa parece que não aprendeu nada com suas intransigências. Respeitar o outro é respeitar a si mesmo. Que a banda continue firme naquilo que sempre acreditou. Eurovision perde mais uma oportunidade de fazer o certo.