Maior adega da época das Cruzadas é encontrada em Israel

Uma enorme adega que remonta às Cruzadas foi encontrada em uma casa em Mi’ilya, no norte de Israel. A descoberta foi feita graças aos esforços do povoado da região, que se dedica a incentivar estudos arqueológicos.

Especialistas acreditam que Balduíno III, um rei das Cruzadas de Jerusalém, foi responsável por construí-lo em meados do século 12. Contudo, a existência do cômodo era desconhecida, até uma moradora da região sugerir que os arqueólogos investigassem o terreno de sua casa.

O que torna a vinícola marcante é o fato de que há apenas um, mas dois andares destinados à preparação das uvas, que eram esmagadas e drenadas em um enorme poço esculpido na rocha. “Os bizantinos tinham vinícolas muito maiores, mas os cruzados não tinham nada comparável até onde sabíamos”, explicou Rabei Khamisy, chefe da escavação.

O povo de Mi’ilya, uma das duas únicas cidades cristãs em Israel que professam a fé greco-melquita, vive na sombra do castelo desde sua criação. Quando as ruínas começaram a representar uma ameaça para os habitantes e visitantes, o governo não fez mais que interditar algumas estadas locais, o que levou à mobilização da comunidade local.

Por isso, os habitantes da cidade juntaram dinheiro suficiente para restaurar partes do castelo sob a égide do Instituto de Arqueologia Zinman, da Universidade de Haifa. Agora, os locais planejam abrir um museu para mostrar artefatos encontrados na região que datam de milênios.

Além disso, querem criar um centro de culinária e turismo chamado Chateau du Roi, em homenagem ao Castelo do Rei, acima da vinícola. Como relatou Assaf, a ideia é instalar um piso de vidro no estabelecimento, pois assim o sítio arqueológico poderá ser observado pelos visitantes.