Marketplace de freelas, empresa israelense chega no Brasil

A Fiverr, um dos maiores marketplaces de trabalho para profissionais freelancers, agora fala português e tem chamado a atenção dos investidores.

A empresa israelense presente na Europa e nos EUA está acelerando a sua expansão internacional em um momento em que a demanda pela plataforma vem sendo impulsionada por dois grandes efeitos desta pandemia: de um lado o desemprego e, de outro, a transformação digital das empresas e o trabalho remoto, que romperam barreiras, abrindo oportunidades de trabalho não apenas em casa, mas globalmente.

A empresa abriu capital na NYSE em meados do ano passado como uma small cap operando ainda no vermelho. Mas desde o início da pandemia, o papel disparou: subiu mais de 600% e a empresa, que deve faturar US$ 186 milhões este ano, já vale US$ 5,4 bilhões.

A Fiverr funciona em um modelo de serviço como um produto, em um ambiente que une empresas de 160 países e profissionais freelancers de áreas como design gráfico, marketing digital, programação e tecnologia, música e áudio, redação, tradução, vídeo e animação.

Na pandemia, o número de clientes ativos que contratam os serviços aumentou 37%, para 3,1 milhões — e a plataforma está conseguindo atrair profissionais mais experientes. O gasto por contratante cresceu 20% em relação ao ano anterior, para US$ 195. Um dos diferenciais da Fiverr em relação à concorrência, e que tem ajudado a atrair profissionais mais exterientes, é permitir que o pessoa defina o seu preço e o escopo de trabalho de forma transparente — eliminando a negociação entre as partes.

“Queremos atrair o profissional freelancer que trabalhava no modelo old school, trazendo ele para o mundo digital”, explica Peggy De Lange, VP de Expansão Internacional da Fiverr.

Mesmo antes da operação em português, a Fiverr já contava com um volume grande de brasileiros, principalmente nas áreas de tradução e de edição de vídeos. A operação brasileira será tocada a partir da sede da empresa em Israel — com apoio de freelas que a empresa está contratando, por meio da plataforma, claro, para gerar conteúdo para o site.

Fonte: Capital/O Globo