Mulher árabe recebe rim de judeu morto em conflitos

Cristã árabe, 58 anos, nascida em Jerusalém, Randa Aweis dependia de sessões regulares de hemodiálise e estava esperando 9 anos por um doador.

Ela foi operada no Hospital Universitário Hadassah Ein Kerem, de Jerusalém. Quando foi anestesiada, ela não sabia quem era o doador. Só depois ela descobriu que era Yigal Yehoshua, um judeu israelense que morreu na onda de violência entre judeus e árabes na cidade israelense de Lod.

Aweis disse. “Eles me disseram que eu ganhei um presente, um rim que foi um presente de Yigal. Eu disse, ‘bom’. Fiquei comovida. Em uma guerra, um judeu deu um rim a uma árabe”.

Yehoshua, de 56 anos, foi gravemente ferido após ser atacado por um grupo de árabes. Ele lutou por sua vida por quase uma semana antes de morrer.

“Pobre homem, o que ele fez?”, perguntou de sua cama de hospital após a cirurgia. “O que ele fez com eles? Por que o mataram? O que a mulher dele vai fazer com os filhos dele?”, disse Aweis, que cresceu em uma comunidade mista árabe-judaica em Jerusalém.

“Não havia racismo. Nem dos judeus, nem dos árabes”, disse ela. “Eu cresci com os judeus. Nossos filhos cresceram com os judeus. Devemos viver juntos. Devemos ter paz e ser felizes”.

Seu cirurgião, Abed Khalaeileh – um palestino nascido em Jerusalém – disse que ele e seus colegas simplesmente tratam a todos como seres humanos. “Lidamos com todos igualmente. Todos são iguais no atendimento médico que recebem”.