Pela primeira vez, esquadrões da Força Aérea de Israel têm uma mulher no comando

A piloto – que por razões de segurança só pode ser identificada por “Gimel” – comandará o esquadrão Nachshon, que opera aeronaves de vigilância. Ela é a primeira mulher a chefiar um esquadrão de vôo da Força Aérea de Israel.

“Tenente-coronel ‘Gimel’, mãe de dois meninos, você é um exemplo e uma inspiração para milhares de mulheres no Estado de Israel”, afirmou o general Amikam Norkin, na cerimônia de posse. “Parabéns à nossa primeira mulher comandante de um esquadrão operacional na Força Aérea, estávamos esperando por você há 71 anos”.

Gimel, de 35 anos, ingressou nas Forças de Defesa de Israel em 2003 e completou o árduo curso de treinamento de pilotos três anos depois, tendo se especializado em aviões de transporte. De 2015 a 2017, ela atuou como vice-comandante do Esquadrão de Nachshon, pilotando jatos da Gulfstream munidos com equipamentos avançados de coleta de dados de inteligência na Base Aérea de Nevatim, no sul de Israel.

“Acredito que é nosso dever nas Forças de Defesa de Israel reconhecer o potencial das mulheres. Ainda estamos longe desse objetivo, mas tenho certeza de que esse processo continuará e que nomearemos comandantes e soldados em uma ampla variedade de posições na Força Aérea”, afirmou Norkin.

Após sua nomeação para o cargo no ano passado, Gimel disse em comunicado que “era um grande privilégio e uma grande responsabilidade” para ela a nova função. “O verdadeiro trabalho ainda está à frente. Tenho orgulho de servir na Força Aérea”.

Em novembro, a Força Aérea nomeou sua primeira vice-comandante de um esquadrão de aviões de caça para servir no Esquadrão Spearhead da Força Aérea, que leva jatos F-15 para fora da base aérea de Tel Nof, no centro de Israel. As forças armadas também anunciaram no ano passado que o general Norkin havia indicado duas outras mulheres como vice-comandantes dos esquadrões de drones das forças armadas.

Embora as mulheres tenham pilotado aviões de combate na Guerra da Independência de 1948 e na Guerra do Sinai de 1956, depois elas acabaram assumindo outras posições de combate nas Forças de Defesa de Israel. Nas últimas décadas, porém, elas foram reintegradas nas forças armadas, inclusive em equipes de operação de tanques.