Primeira representação artística do Êxodo de Elim é descoberta na Galileia

Dois novos mosaicos bíblicos foram recentemente descobertos em uma sinagoga de 1.600 anos na cidade de Huqoq. Eles incluem a mais antiga representação artística da história pouco conhecida do Êxodo de Elim, e uma representação parcialmente preservada das quatro bestas grotescas do Livro de Daniel, que sinalizam o fim dos tempos.

Os mosaicos fazem parte de uma panóplia de arte sagrada e secular, formada por minúsculas pedras coloridas ou tesselas que foram descobertas em 2012 por Jodi Magness, da UNC-Chapel Hill. Até agora, cenas bíblicas incluíam histórias bem conhecidas: Jonas e a baleia, a construção da Torre de Babel, os primeiros espiões em Canaã, a arca de Noé, e os soldados do Faraó sendo arrastados para o Mar Vermelho e engolidos por dezenas de peixes. Quadros extra bíblicos no chão da sinagoga incluem uma miríade de temas seculares, incluindo um zodíaco, bem como um retrato do que é indiscutivelmente a primeira cena puramente histórica em uma sinagoga. Agora, unindo-se aos maiores sucessos dos contos bíblicos, há uma breve narrativa descrevendo um oásis encontrado em Elim, conforme descrito em Êxodo 15:27.

A história de Elim, em grande parte negligenciada na arte judaica até hoje, ocorre logo depois que os judeus fugiram do Egito, mas antes de sua longa viagem pelo deserto. Elim é descrito como um oásis, com 12 nascentes de água e 70 tamareiras. Depois de uma curta estadia em Marah (um lugar de água amarga transformada milagrosamente em doce), o acampamento Elim teria oferecido um descanso bem-vindo.

“Nós vemos aglomerados de tâmaras sendo colhidas por trabalhadores agrícolas – homens usando tangas. No lado esquerdo do painel, um homem de túnica curta está carregando um pote de água e entrando no portão arqueado de uma cidade ladeada por torres ameadas”, explica Magness. A identificação de Elim na representação é confirmada com uma inscrição acima do portão, onde se lê: “E chegaram a Elim”.