Programa “Fantástico” apresenta crianças sobreviventes do Holocausto

Dia 19 de maio de 1944, cidade de Hooghalen, norte da Holanda: militares nazistas despachavam judeus holandeses. O destino: campos de extermínio de Bergen-Belsen e de Auschwitz. Para muitos deles, o Campo de Westerbork, na Holanda, era a última parada antes da morte. Pesquisadores dizem que 90% dos que passavam por lá eram assassinados, inclusive crianças. Famílias se amontoavam, muitas vezes, em vagões feitos para transportar gado, sem lugar para sentar e sem janela. Durante décadas, essas cenas ajudaram a ilustrar documentários sobre o Holocausto e o extermínio na 2ª Guerra de milhões de judeus perseguidos pelo ódio dos nazistas, comandados por Adolf Hitler.

Rostos que passaram pela tela sem que o mundo soubesse nem os nomes dessas pessoas. Esses trens transportavam até 3 mil pessoas por viagem. Embarcavam nele histórias e mais histórias que ficaram no anonimato, mas algumas estão sendo reveladas agora. Historiadores holandeses descobriram alguns dos chamados “filhos do Holocausto”.

Um dos pesquisadores trabalhava desde os anos 80 para descobrir mais sobre essas pessoas. Recentemente, eles tiveram a ajuda fundamental do Instituto Holandês de Imagem e Som, que digitalizou e restaurou o material. Uma produtora de vídeos da Holanda ainda coloriu alguns trechos. Com esses recursos, foi possível ler nas bagagens os nomes e as datas de nascimento de algumas pessoas. Depois de nove meses de investigação, tiveram a certeza sobre quem eram aquele menino e aquela bebê de colo olhando pela janela do trem em uma das fotos.

O programa “Fantástico”, da TV Globo, apresentou “aquelas” crianças: o Marc, hoje com 81 anos; e a Stella, com 78. São irmãos. Ele mora perto de Amsterdã; ela, em Nova York. A Stella tinha só um ano naquele dia. Marc tinha três. Veja vídeo da matéria: acesse.