Romance “A viagem de Cilka” relata luta de uma sobrevivente do Holocausto

Qual o limite entre a ficção e a realidade? Romance histórico “A viagem de Cilka” narra a luta de uma sobrevivente do Holocausto. Trata-se da sequência do best-seller “O tatuador de Auschwitz”, de Heather Morris.

O livro, que acaba de chegar ao Brasil pela Editora Planeta, faz um poderoso testemunho de como era o cotidiano de uma mulher nos campos de concentração. O fio narrativo da trama é a história real de Cecilia Kovachova, uma jovem de 16 anos que foi feita prisioneira em Auschwitz. A obra mescla fatos históricos com um trabalho investigativo com experiências de mulheres sobreviventes do Holocausto.

Em seu segundo livro, a renomada escritora que emocionou milhões de leitores com sua obra anterior, volta com toda a potência que a consagrou e que caracteriza o best-seller no topo da lista de mais vendidos do New York Times, “O tatuador de Auschwitz”. Em “A viagem de Cilka”, ela transforma Cecilia na personagem Cilka Klein, uma heroína símbolo de luta feminina que já aparece no primeiro livro e que agora ganha o posto de protagonista.

“O romance histórico não deve mostrar nem existências individuais nem acontecimentos históricos, mas a interseção de ambos: o evento precisa trespassar e transfixar de um só golpe o tempo existencial dos indivíduos e seus destinos”, analisa o pesquisador Fredric Jameson, no estudo “O romance histórico ainda é possível? “.