Sobrevivente do Holocausto ajuda a reduzir violência policial

Em seu mais recente livro “The Roots of Goodness and Resistance to Evil” (“As raízes do bem e a resistência ao mal”), o sobrevivente do Holocausto Ervin Staub, de 82 anos, recorre a sua experiência na Segunda Guerra Mundial para ajudar a combater o uso excessivo da força na polícia americana

Nascido na Hungria, ele tinha seis anos quando as tropas nazistas alemãs ocuparam seu país, em 1944. Centenas de milhares de judeus húngaros foram deportados para campos de extermínio.

Mas duas iniciativas decisivas permitiram que Staub e sua família não tivessem o mesmo destino – e que agora, na vida adulta, ele usa como inspiração em um projeto que visa impedir, por meio de treinamento, a brutalidade policial nos EUA.

Na época, Maria Gogan escondeu Staub e sua irmã de 1 ano mantendo-os em meio à sua família cristã húngara. Durante este período, eles se passaram por parentes do interior que tinham ido visitar Gogan.

Depois, quando a mãe de Staub conseguiu documentos assinados pelo diplomata sueco Raoul Wallenberg, a família se mudou para um lugar próximo mais seguro.

Para Staub, Gogan foi como uma segunda mãe e passou a morar com eles, arriscando sua vida ao levar comida para a família judia e ao entregar uma carta destinada ao pai de Staub, através dos arames farpados de um campo de concentração.

Foi graças a sua ajuda que Staub e sua família sobreviveram à Segunda Guerra. E, passados os anos do conflito e mais uma década de regime comunista na Hungria, Staub fugiu para os EUA, onde estudou a psicologia da violência, do genocídio e da moralidade.

Ele obteve PhD no tema na Universidade de Stanford e virou professor em Harvard, antes de aplicar na prática suas teorias sobre prevenção de danos.

Fonte: BBC